A ver navios...ou carruagens de Metro
A ideia para este post surgiu-me há tempos, depois ter passado alguns minutos, durante uma madrugada de insónia, a ver o Porto Canal, um dos mais recentes canais da TV Cabo.
Quando começou, achei um projecto interessante, daqueles que senti que poderiam prestar um bom serviço público, nomeadamente à comunidade que está a norte do Mondego, longe da centralidade lisboeta. Para isso muito contribui, entre outros, um programa que permite às pessoas falarem daquilo que as preocupa, através de uma tribuna e de um microfone, colocados em plena via pública. Cada vez que vejo esse programa sinto que o norte está cada vez mais cosmopolita, cada vez mais parecido com Londres e o seu “Speaker’s Corner”, uma tribuna onde cada um pode dizer o que bem lhe apetecer (mesmo dizer mal da rainha e da monarquia), sem que seja detido pela Polícia.
Além disso, tem programas de entrevista e debate com algum interesse, pois são convidadas principalmente figuras nortenhas. Tem programas sobre tudo o que se passa na sociedade, política, cultura, desporto do norte do país, etc...já para não falar nas “acertadíssimas”(!!!) previsões do famoso medium Mestre Alves!
O que me espanta é o que vi no final da emissão...
Nos tempos do canal único, a emissão terminava relativamente cedo e era colocada no ar a “mira técnica”. Todos sabiam que a partir daí era hora de desligar e dormir.
Mas o Porto Canal é diferente...
Como tem uma programação algo reduzida (provavelmente devido a condições económicas do próprio canal) termina as suas emissões relativamente cedo (se compararmos com as emissões dos outros canais) e enquanto os outros terminavam (quando terminavam!) com uma mira técnica, o Porto Canal põe os seus telespectadores a ver navios (literalmente!) a descer o Douro, ou viagens de metro...
Acredito que para muitos até pode ser uma forma interessante de combater a insónia, mas se eu fosse accionista do Porto Canal, tinha era um colapso cardíaco por ver como estava a ser investido o meu dinheiro...
Quando começou, achei um projecto interessante, daqueles que senti que poderiam prestar um bom serviço público, nomeadamente à comunidade que está a norte do Mondego, longe da centralidade lisboeta. Para isso muito contribui, entre outros, um programa que permite às pessoas falarem daquilo que as preocupa, através de uma tribuna e de um microfone, colocados em plena via pública. Cada vez que vejo esse programa sinto que o norte está cada vez mais cosmopolita, cada vez mais parecido com Londres e o seu “Speaker’s Corner”, uma tribuna onde cada um pode dizer o que bem lhe apetecer (mesmo dizer mal da rainha e da monarquia), sem que seja detido pela Polícia.
Além disso, tem programas de entrevista e debate com algum interesse, pois são convidadas principalmente figuras nortenhas. Tem programas sobre tudo o que se passa na sociedade, política, cultura, desporto do norte do país, etc...já para não falar nas “acertadíssimas”(!!!) previsões do famoso medium Mestre Alves!
O que me espanta é o que vi no final da emissão...
Nos tempos do canal único, a emissão terminava relativamente cedo e era colocada no ar a “mira técnica”. Todos sabiam que a partir daí era hora de desligar e dormir.
Mas o Porto Canal é diferente...
Como tem uma programação algo reduzida (provavelmente devido a condições económicas do próprio canal) termina as suas emissões relativamente cedo (se compararmos com as emissões dos outros canais) e enquanto os outros terminavam (quando terminavam!) com uma mira técnica, o Porto Canal põe os seus telespectadores a ver navios (literalmente!) a descer o Douro, ou viagens de metro...
Acredito que para muitos até pode ser uma forma interessante de combater a insónia, mas se eu fosse accionista do Porto Canal, tinha era um colapso cardíaco por ver como estava a ser investido o meu dinheiro...
Mas, pensando melhor, até é capaz de ser útil! Provavelmente até foi por aqui que o Emplastro aprendeu a dizer de cor todas as estações de Metro, do Estádio do Dragão ao Senhor de Matosinhos...
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