Dia Mundial da Terceira Idade
Sim, aqueles que já estão naquela que se costuma chamar de 2ª meninice, também tem o seu dia!!! E esse dia é hoje.
Neste momento, em Portugal há mais de um milhão e 800 mil idosos – representam já 17,3 por cento da população total. Os jovens são 15,5 por cento, o que me leva a concluir algo que já todos sabemos: o nosso país está a envelhecer!
Mas, será que, pelo facto de viverem mais do que há alguns anos atrás, os nosso idosos vivem melhor???
Sim e não.
Sim, porque muita coisa tem sido feita para os defender e ajudar, mas muito ainda está por fazer…
Basta vermos as intermináveis filas de espera nos centros de saúde, com idosos à espera de uma consulta de pé, ao frio e ao vento. Basta vermos como são tratados pelas pessoas, jovens ou não, nos transportes públicos, nas filas de espera, nas ruas. Por vezes, muitos até são maltratados nas suas próprias casas. Basta vermos como a Caixa Nacional de Pensões trata aqueles que trabalharam uma vida inteira e recebem uma reforma que mal chega para os medicamentos, quanto mais para comida, um passeio ou uma roupa nova de vez em quando!
Onde é que está o Estado Providência, quando as pessoas se queixam que os medicamentos são caros, não há médicos, não há urgências ou centros de saúde abertos à noite?
Onde é que está o Estado Providência quando as pessoas se queixam de baixas pensões?
Onde é que está o Estado Providência quando algumas pessoas, que precisam de certos medicamentos para viver, não têm a comparticipação do estado em medicamentos para a diabetes ou outras doenças?
Onde é que esta o Estado Providência quando se tem de esperar anos por uma consulta e quando chega a hora ou já se morreu ou já não há remédio para a doença?
Onde é que está o Estado Providência quando há certas operações que podiam salvar ou melhorar a vida de uma pessoa e essa pessoa não tem dinheiro para a pagar?
Mas não é só o Estado que tem culpas. Toda a sociedade as tem.
Será que todos nós estamos a cuidar bem daqueles que, na sua maioria não conseguem cuidar de si próprios?
Por que é que os privados não apostam mais em fazer lares para idosos, mas lares mais humanos, onde essas pessoas se sintam acarinhadas, protegidas, como se fosse nas suas próprias casas? Os idosos são como as crianças: precisam que olhem para eles com amor…
Por que é que não se formam grupos de jovens voluntários para passar tempo com idosos que estejam sós ou abandonados e levá-los a um jardim, a um espectáculo, a um café?
Por que é que as câmaras municipais não fazem os possíveis para tornar as ruas largas, amplas, seguras e transitáveis para os idosos poderem andar livremente, sem carros estacionados em cima dos passeios?
Por que é que as associações de comércio não criam cartões de desconto para idosos poderem comprar mais barato no comércio tradicional onde estão tão habituados e onde conhecem quem os atende?
Por que é que os nossos idosos não têm hipótese de ter descontos em cabeleireiros, perfumes, cremes, roupas? Será que as pessoas só têm interesse quando são novas? Será que elas não têm o direito de gostarem de se porem bonitas?
E depois, há preocupações mais comezinhas, mas também importantes como os jornais e as revistas não terem o cuidado de aumentar o tamanho e a cor das letras de algumas publicações para ser mais fácil a sua leitura pelos idosos.
Depois de ler isto tudo, pus-me a pensar…
E se um dia, quando eu chegar à 3ª idade (se lá chegar…) eu não tiver quem me apoie? Quem me faça companhia, me ajude a subir aos transportes públicos, me dê um lugar no autocarro, me leve a passear, ao cinema, ou ao café? Me vá ao banco levantar dinheiro? Me vá pagar as contas? Quem me ajude a carregar os sacos das compras ou a arrumar a casa? Quem me leve ao médico ou ao hospital? Quem converse comigo ou oiça os meus lamentos ou histórias? Quem vá todos os dias verificar como estou, se estou bem, se morri, ou se preciso de uma camisa lavada, de lavar os dentes, fazer a barba ou cortar o cabelo?
Neste momento, em Portugal há mais de um milhão e 800 mil idosos – representam já 17,3 por cento da população total. Os jovens são 15,5 por cento, o que me leva a concluir algo que já todos sabemos: o nosso país está a envelhecer!
Mas, será que, pelo facto de viverem mais do que há alguns anos atrás, os nosso idosos vivem melhor???
Sim e não.
Sim, porque muita coisa tem sido feita para os defender e ajudar, mas muito ainda está por fazer…
Basta vermos as intermináveis filas de espera nos centros de saúde, com idosos à espera de uma consulta de pé, ao frio e ao vento. Basta vermos como são tratados pelas pessoas, jovens ou não, nos transportes públicos, nas filas de espera, nas ruas. Por vezes, muitos até são maltratados nas suas próprias casas. Basta vermos como a Caixa Nacional de Pensões trata aqueles que trabalharam uma vida inteira e recebem uma reforma que mal chega para os medicamentos, quanto mais para comida, um passeio ou uma roupa nova de vez em quando!
Onde é que está o Estado Providência, quando as pessoas se queixam que os medicamentos são caros, não há médicos, não há urgências ou centros de saúde abertos à noite?
Onde é que está o Estado Providência quando as pessoas se queixam de baixas pensões?
Onde é que está o Estado Providência quando algumas pessoas, que precisam de certos medicamentos para viver, não têm a comparticipação do estado em medicamentos para a diabetes ou outras doenças?
Onde é que esta o Estado Providência quando se tem de esperar anos por uma consulta e quando chega a hora ou já se morreu ou já não há remédio para a doença?
Onde é que está o Estado Providência quando há certas operações que podiam salvar ou melhorar a vida de uma pessoa e essa pessoa não tem dinheiro para a pagar?
Mas não é só o Estado que tem culpas. Toda a sociedade as tem.
Será que todos nós estamos a cuidar bem daqueles que, na sua maioria não conseguem cuidar de si próprios?
Por que é que os privados não apostam mais em fazer lares para idosos, mas lares mais humanos, onde essas pessoas se sintam acarinhadas, protegidas, como se fosse nas suas próprias casas? Os idosos são como as crianças: precisam que olhem para eles com amor…
Por que é que não se formam grupos de jovens voluntários para passar tempo com idosos que estejam sós ou abandonados e levá-los a um jardim, a um espectáculo, a um café?
Por que é que as câmaras municipais não fazem os possíveis para tornar as ruas largas, amplas, seguras e transitáveis para os idosos poderem andar livremente, sem carros estacionados em cima dos passeios?
Por que é que as associações de comércio não criam cartões de desconto para idosos poderem comprar mais barato no comércio tradicional onde estão tão habituados e onde conhecem quem os atende?
Por que é que os nossos idosos não têm hipótese de ter descontos em cabeleireiros, perfumes, cremes, roupas? Será que as pessoas só têm interesse quando são novas? Será que elas não têm o direito de gostarem de se porem bonitas?
E depois, há preocupações mais comezinhas, mas também importantes como os jornais e as revistas não terem o cuidado de aumentar o tamanho e a cor das letras de algumas publicações para ser mais fácil a sua leitura pelos idosos.
Depois de ler isto tudo, pus-me a pensar…
E se um dia, quando eu chegar à 3ª idade (se lá chegar…) eu não tiver quem me apoie? Quem me faça companhia, me ajude a subir aos transportes públicos, me dê um lugar no autocarro, me leve a passear, ao cinema, ou ao café? Me vá ao banco levantar dinheiro? Me vá pagar as contas? Quem me ajude a carregar os sacos das compras ou a arrumar a casa? Quem me leve ao médico ou ao hospital? Quem converse comigo ou oiça os meus lamentos ou histórias? Quem vá todos os dias verificar como estou, se estou bem, se morri, ou se preciso de uma camisa lavada, de lavar os dentes, fazer a barba ou cortar o cabelo?
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