Eleições e milhões

Não é muito nosso costume comentar aqui política (para nós é um dos assuntos tabu neste blog), mas impunha-se uma reflexão sobre as eleições europeias da passada semana.
Em toda a Europa foi possível observar uma relativa mudança no sentido de voto dos europeus, que desta vez deram a vitória aos partidos que se costumam apelidar de “direita”. Foi assim especialmente em Espanha, foi assim em Portugal.
No caso da Península Ibérica, pareceu-nos que as vitórias da tal “direita” se devem mais ao castigo (através do voto dos cidadãos) das políticas de Zapatero e Sócrates do que a mais qualquer outra coisa. Basta ver que os temas abordados por todos os candidatos em Portugal diziam mais respeito à governação interna e a questiúnculas pessoais (casos Freeport e BPN) do que a assuntos europeus.
De referir também um fenómeno preocupante que foi o aumento dos votos nos partidos de “esquerda” que, juntos, conseguiram mais de 20% dos votos. Sintomático da descrença nos principais partidos? Ou crença nos ideais igualitários de uma esquerda ultrapassada que teve nestas eleições (devido à conjuntura económica e social do país/mundo) uma oportunidade de se reforçar e fazer notar no meio de tanto “barulho”?
Sem ter havido grande debate ou clarificação em termos de opiniões dos partidos quanto a políticas europeias, achamos que estas eleições foram, assim, mais uma nítida perda de tempo e dinheiro dos portugueses.

Por falar em dinheiro, isso parece ser coisa que não falta para os lados do Bernabeu.
Florentino Perez, recém-eleito presidente do Real Madrid, voltou esta semana a surpreender o mundo, com a contratação relâmpago de dois dos melhores jogadores do mundo: Kaká e o “nosso” Cristiano Ronaldo.
Noutros tempos, já tinha conseguido Figo, Zidane e Ronaldo por 181 milhões (em 3 anos), mas num mundo em crise financeira, dar 159 milhões de euros por 2 jogadores numa semana, não é para todos!
Estará na forja mais uma geração de “Galácticos”, para fazer frente a Messi e companhia? Como simpatizantes do Real, esperamos bem que sim!

Entretanto, nós por cá vamo-nos entretendo com “Pinillas”, “Kamanis”, “Mendietas” e outros que tais…